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sábado, 18 de junho de 2011

DIA DO PROFISSIONAL DA QUÍMICA - 18 DE JUNHO


A química faz parte da nossa vida há milhões de anos. Ramo da ciência que estuda as alterações e transformações sofridas pela matéria, incluindo solo, água, ar, poluentes, minerais e metais, bem como sua composição e propriedades. Desde a pré-história, o homem já acumulava conhecimentos práticos de química.

E quem está por trás desta ciência é o químico, realizando ensaios, experimentos, estudos e pesquisas para investigar as reações das substâncias.
O padeiro é um alquimista quando assa o pão, o viticultor quando prepara o vinho, o tecelão quando faz o tecido, portanto, seja quem for o responsável por tornar útil e levar ao ponto de ser usado pelo homem tudo o que cresce na natureza, é um Alquimista.
Seja atuando na indústria ou em universidade seu trabalho é indispensável para a evolução da humanidade!

PARABÉNS A TODOS OS PROFISSIONAIS DA QUÍMICA!!!

domingo, 12 de junho de 2011

UM ESTUDO SOBRE LIGAÇÕES COVALENTES...

LIVRO: “OS BOTÕES DE NAPOLEÃO - As 17 moléculas que mudaram a história”
Penny Le Couteur e Jay Burreson
Pimenta, noz-moscada e cravo-da-Índia
“O que há na pimenta-do-reino, que construiu a magnífica cidade de Veneza, que inaugurou a Era dos Descobrimentos e que fez Colombo partir e encontrar o Novo Mundo? O ingrediente ativo tanto da pimenta preta quanto da branca é a piperina, um composto com a fórmula química C17H19O3N.
A sensação picante que experimentamos quando ingerimos a piperina não é realmente um sabor, mas uma resposta de nossos receptores nervosos de dor a um estímulo químico. Ainda não se sabe exatamente como isso funciona, mas pensa-se que é uma decorrência da forma da molécula da piperina, que é capaz de se encaixar em uma proteína situada nas terminações nervosas para a dor em nossas bocas e em outras  partes do corpo. Isso faz a proteína mudar de forma e envia um sinal ao longo do nervo até o cérebro, dizendo algo como ‘Ai, isto arde.’
[...] O principal componente do óleo do cravo-da-Índia é o eugenol; o composto fragrante presente no óleo da noz-moscada é o isoeugenol. A única diferença entre essas duas moléculas aromáticas está na posição de uma ligação dupla.”

Ácido ascórbico – Uma pequena molécula num grande papel
“Tamarindos, limas e outras fontes ricas em vitamina C eram usadas na culinária local e eles, ao contrário dos marinheiros, tendiam a prová-los. Por isso, o escorbuto costumava ser um problema menos entre os oficiais dos navios.
Que pequeno componente é esse que teve tão grande efeito no mapa do mundo? A palavra vitamina vem da contração de duas palavras, vital (necessário) e amina (um composto orgânico nitrogenado [...]). O C de vitamina C indica que ela foi a terceira vitamina a ser identificada. Esse sistema de denominação tem inúmeras deficiências. Entre os mamíferos, somente os primatas, os ratos de cobaia e o morcego-da-fruta indiano requerem vitamina C em sua dieta. Em todos os demais vertebrados – o cachorro ou o gato da família, por exemplo – o ácido ascórbico é fabricado no fígado a partir da simples glicose do açúcar por meio de uma série de quatro reações, cada uma catalisada por uma enzima.
Em 1954 Linus Pauling ganhou o Prêmio Nobel de Química em reconhecimento por seu trabalho sobre a ligação química, e em 1962 foi novamente contemplado com o Prêmio Nobel da Paz por suas atividades contra o teste de armas nucleares. Em 1970 esse detentor de dois prêmios Nobel lançou a primeira de uma série de publicações sobre o papel da vitamina C na medicina, recomendando doses altas de ácido ascórbico para a prevenção e tratamento de resfriados, gripes e câncer. Apesar da eminência de Pauling como cientista, o establishment médico em geral não aceitou suas ideias.
A dose diária recomendada de vitamina C para um adulto é geralmente estabelecida em 60 miligramas, mais ou menos a que está presente numa laranja pequena. Essa dose variou ao longo do tempo e em diferentes países, o que talvez indique que não compreendemos o papel fisiológico completo dessa molécula nem tão simples.”
Celulose
“Como outras fibras vegetais, o algodão consiste, em mais de 90% de celulose, que é um polímero de glicose e um componente importante das paredes da célula vegetal. Costuma-se associar o termo polímero a fibras e plásticos sintéticos, mas existem muitos polímeros naturais. [...] Os polissacarídeos estruturais, como a celulose, fornecem um meio de sustentação para o organismo; os polissacarídeos de armazenamento fornecem um meio de armazenar a glicose até que ela seja necessária.
Muitas das características que fazem do algodão um tecido tão desejável são resultado da estrutura singular da celulose. Longas cadeias de celulose se comprimem estreitamente, formando a fibra rígida, insolúvel, de que as paredes da célula da planta são constituídas.
Na década de 1830, descobriu-se que a celulose era solúvel em ácido nítrico condensado, e que essa solução, quando derramada na água, formava um pó branco altamente inflamável e explosivo. Em 1845, Frienrich Schönbein estava fazendo experimentos com misturas de ácidos nítrico e sulfúrico na cozinha de sua casa. Nesse dia, sua esposa não estava em casa e ele derramou  um pouco da mistura de ácidos no chão. No afã de limpar rapidamente a sujeira, agarrou o avental de algodão de sua mulher. Depois de enxugar o líquido derramado, pendurou o avental em cima do fogão para secar. Não demorou muito e, com uma explosão ruidosa e um enorme clarão, o avental explodiu. O algodão é 90% de celulose, e nós sabemos que o algodão-pólvora de Schönbein nada mais era que nitrocelulose, o composto formado quando um grupo nitro (NO2) substitui o H de OH em várias posições na molécula de celulose.
A descoberta da nitrocelulose, uma das principais moléculas orgânicas explosivas feitas pelo homem, marcou o início de várias indústrias modernas. Sem essas aplicações da molécula de celulose, nosso mundo seria muito diferente.”
Aspirina
“O ácido salicílico é produzido a partir das flores da rainha-dos-prados, uma planta perene dos brejos, nativa da Europa e da Ásia Ocidental.
O ácido salicílico, a porção ativa da molécula de salicina, não só baixa a febre e alivia a dor. Atua também como antiinflamatório. É muito mais potente que a salicina, que ocorre naturalmente, mas pode ser muito irritante para o revestimento do estômago, o que reduz seu valor medicinal. O interesse de Hofmann em compostos relacionados com o ácido salicílico foi despertado por sua preocupação com o pai, cuja artrite reumatóide era pouco aliviada pela salicina. Na esperança de que as propriedades antiinflamatórias do ácido salicílico fossem conservadas, mas as corrosivas reduzidas, Hofmann deu ao pai um derivado de ácido salicílico – o ácido acetilsalicílico (AAS), preparado pela primeira vez 40 anos antes por outro químico alemão. No AAS, o grupo acetil (CH3CO) substitui o H do grupo fenólico OH do ácido salicílico.
O experimento de Hofmann foi compensador – para seu pai e para a companhia Bayer. A forma acetilada do ácido salicílico demonstrou-se eficaz e bem tolerada. Em 1899, suas poderosas propriedades antiinflamatórias e analgésicas convenceram a companhia Bayer a comercializar pequenas embalagens de ‘aspirina’ em pó. O nome é uma combinação do a de acetil e do spir de Spiraea ulmaria, a rainha-dos-prados. O nome da companhia Bayer tornou-se sinônimo de aspirina, marcando sua entrada no mundo da química medicinal.”
Compostos clorocarbônicos
“Em 1877 o navio Frigorifique partiu de Buenos Aires com destino ao porto frânces de Rouen com um carregamento de carne bovina argentina. Hoje em dia um fato como este seria trivial, mas o navio transportava uma carga refrigerada, e aquela foi uma viagem histórica: assinalava o início da refrigeração e o fim da preservação de alimentos com moléculas de condimentos e sal.
A molécula refrigerante ideal precisa atender a requisitos práticos especiais. Deve vaporizar-se dentro da faixa de temperatura correta; liquefazer-se por compressão. Amoníaco, éter, cloreto de metil, dióxido de enxofre e moléculas similares satisfaziam essas exigências técnicas, qualificando-se como bons refrigerantes. Mas elas se degradavam, representavam risco de incêndio, eram venenosas ou tinham péssimo cheiro – e às vezes tudo isso junto.
Os compostos clorofluorcarbonetos (CFC’s) satisfizeram admiravelmente a todos os requisitos técnicos para um refrigerante e revelaram-se também muito estáveis, não tóxicos, não inflamáveis, de fabricação não dispendiosa e quase sem cheiro. Várias diferentes moléculas de CFC passaram então a ser usadas como refrigerantes: o diclorodifluormetano (Fréon 12), triclorofluormetano (Fréon 11) entre outras. Os CFC’s eram os refrigerantes perfeitos. Eles revolucionaram o ramo da refrigeração e tornaram-sebase para uma enorme expansão da refrigeração dooméstica [...].”
Apesar de todas essas vantagens, qual seria o lado escuro dos fréons, uma vez que foram proibidos em 1987, no Protocolo de Montreal?


terça-feira, 7 de junho de 2011

MUSEU DAS MINAS E DO METAL (VISITA VIRTUAL)

http://www.museudasminasedometal.com.br/

http://www.youtube.com/watch?v=lt60EmhDvak




Os minerais e as ligações químicas...


A história da utilização dos minerais resulta da observação dos achados arqueológicos. O homem pré-histórico, para cobrir as suas necessidades, fez uso do sílex e outras variedades de quartzo. Nas sociedades neolíticas, o homem usou gemas ( minerais utilizados em joalharia e ourivesaria ) como moeda de troca. Quando descobriu os metais (ouro, cobre, estanho, ferro) passou a fazer uso deles. O conhecimento dos metais e a sua utilização caracterizaram alguns períodos da antiguidade, como a Idade do bronze ou a Idade do ferro. Atualmente, o homem faz uso direto ou indireto de quase todos os minerais conhecidos, mais de 2.600 espécies minerais.
As características fundamentais de espécie mineral são a ordem geométrica, a periodicidade no arranjo da matéria, bem como a natureza dos átomos que entram na composição química da espécie mineral. (ARRANJO CRISTALINO)
As propriedades químicas dos minerais estão estreitamente relacionadas, como é óbvio, com a sua composição química, com a natureza dos átomos e íons que os constituem. Mas depende também, tal como as propriedades físicas, da sua estrutura, isto é, do arranjo das partículas elementares.
As características das ligações químicas nos minerais são tais que podemos considerar uma estrutura como uma associação de esferas cujas dimensões são definidas pelo raio iônico do átomo. Os cátions, as esferas mais pequenas, seriam cercadas por ânions, as esferas maiores. A associação cátion mais ânion forma, deste modo, um retículo cristalino. Os arranjos cristalinos necessitam de uma neutralidade elétrica. De acordo com este modelo, poderíamos pensar que a cada mineral corresponderia uma única estrutura e uma única composição química, expressa por uma fórmula química perfeitamente definida. Porém, as exceções são muitas devido, fundamentalmente, às diferentes condições de pressão e temperatura em que se formam os minerais. Assim sendo e a título de exemplo vejamos o caso de um mineral chamado olivina. A sua composição química é (Fe, Mg)2(SiO4). Isto explica que o ferro (Fe) e o magnésio (Mg) são miscíveis em todas as proporções, logo a composição química da olivina não é definida. Quando se dá a substituição total do ferro pelo magnésio, passamos a ter a forsterite Mg2(SiO4) com composição química definida, no caso inverso temos a fayalite Fe2(SiO4).
Os minerais apresentam propriedades físicas, químicas e ópticas que permitem fazer a sua caracterização e identificação.
Dentre as propriedades físicas destacamos a dureza, cor, cor da risca, transparência e o brilho. A dureza é, por definição, a resistência que um mineral oferece à risca provocada por uma ação mecânica externa. Na prática mineralógica utilizam-se escalas de dureza relativas, representadas por determinados minerais. A mais comum é a escala de Mohs, que contem 10 graus e é composta unicamente por minerais de risca branca. Os minerais estão ordenados segundo o seu grau de dureza, do menos ao mais duro e do seguinte modo: 1-talco, 2-gesso, 3-calcite, 4-fluorite, 5-apatite, 6-ortóclase, 7-quartzo, 8-topázio, 9-corindon, 10-diamante. Exemplificando, um mineral terá uma dureza aproximada de 8½ se risca o topázio mas é riscado pelo corindon. (É bom lembrar que o diamante não é um composto iônico, é um sólido covalente.)
Alguns minerais:





 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Entendendo propriedades... Solvatação

Em química, entende-se o fenômeno de solvatação como o fenômeno que ocorre quando um composto iônico ou polar se dissolve em uma substância polar, sem formar uma nova substância.
Assumindo que a dissolução é um processo de dispersão molecular, isso implica na ruptura de ligações ou forças intermoleculares presentes no soluto, gerando ligações entre as moléculas do soluto e as moléculas do solvente. Esse processo é conhecido como solvatação. Quando o solvente é a água, pode-se denominar também hidratação.


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